A CEO da Wakke Class, Cláudia Coelho, explica que os produtos ligados à gamificação vai resgatar a relação entre alunos e educadores – Foto: Divulgação

O processo de aprendizado e as novas formas de transmitir conhecimento foram estratégias repensadas e adaptadas pelas instituições de ensino, que precisaram se reinventar diante do momento, necessário, das medidas sanitárias de distanciamento social.

Lançar novos produtos ou criar e aperfeiçoar processos que já existem são alguns dos caminhos que empresas buscam para inovar e conquistar o seu lugar no mercado. Para apoiar esse tipo de negócio, o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) tem uma linha de crédito especial voltada a ações de inovação, com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Com a maior inserção das tecnologias, a tarefa de rever o modelo de aula que mantenha a qualidade da educação permitiu a consolidação do modelo Educação a Distância (EAD). O papel da escola, neste momento, é o mais desafiador de todos, porque as instituições de ensino precisaram se reinventar para caber nas telas. Isso permitiu que visionários pudessem construir modelos de negócios adequados para atender à demanda crescente. É o caso da Wakke, empresa de tecnologia de Guarapari, que contou com recursos da linha Inovacred para o desenvolvimento e lançamento de novos produtos de tecnologia voltados para a educação.

O produto reúne em uma plataforma tudo o que o ambiente de ensino precisa para funcionar a distância, mas sem perder a interatividade do ambiente presencial. A Wakke Class é uma plataforma criada para otimizar o ensino a distância, como uma sala de aula virtual. Nela, é possível que o professor ministre suas aulas, compartilhe vídeos, exercícios, provas e até faça videoconferências. E, assim como no ensino presencial, os alunos têm o dever de entregar as tarefas, fazer as provas e participar das aulas dentro de prazos determinado pelo docente.

“Criamos a Wakke Class pensando em levar as interações presenciais para o mundo virtual, porque entendemos que alunos e professores, principalmente da educação básica, sentem falta da rotina escolar como conhecemos até hoje. Percebemos que a falta de interação por conta do distanciamento social fez o engajamento entre eles cair, então trazemos soluções para resgatar essa relação tão importante”, afirma a CEO da Wakke, Cláudia Coelho.

A aposta da empresa é no desenvolvimento de produtos ligados à gamificação, palavra originada do termo em inglês gamification. A estratégia consiste no uso de mecânicas e características de jogos para engajar, motivar comportamentos e facilitar o aprendizado de pessoas em situações reais, tornando conteúdos densos em materiais mais acessíveis, normalmente não associado a jogos.

Além do ambiente virtual inspirado nas salas de aula, na plataforma é possível criar exercícios objetivos e discursivos, programar aulas ao vivo em sistema próprio, receber e enviar arquivos, áudio e vídeo, acessar videoaulas e visualizar todo o calendário letivo da semana a partir da visão dos educadores, dos alunos e também dos pais que quiserem acompanhar de perto a evolução dos filhos.

“A gamificação já é uma realidade para a educação e trazê-la para o ambiente de sala virtual da Wakke Class nos ajuda a trabalhar a interação entre colegas e professores. Isso é um dos nossos diferenciais”, destaca Cláudia Coelho.

A empresa Wakke de Guarapari recebeu investimento das linhas de inovação do Bandes para desenvolvimento de novos produtos – Foto: Divulgação

Financiamento à inovação

A linha Inovacred conta com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Repassador exclusivo desses financiamentos no Espírito Santo, o Bandes oferece condições atrativas para micro e pequenas empresas interessadas em inovar. São apoiáveis projetos que visam à introdução de novos produtos e serviços, ou até processos dentro da empresa, buscando aumentar a competitividade no âmbito econômico regional e nacional.

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