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Servidora será indiciada por desviar e vender caixões da Prefeitura para funerária, no ES

03 de abril de 2024

De acordo com investigação da Polícia Civil, dono de funerária também participava do esquema comprando os caixões e alterando valores de notas para receber da administração municipal. Servidora faturou mais de R$ 12 mil devido à prática criminosa

Servidora será indiciada por desviar e vender caixões da prefeitura para funerária, no ESServidora é flagrada desviando caixões de prefeitura de Linhares, no ES Foto: Reprodução/Polícia Civil

Uma servidora de 46 anos da Prefeitura de Linhares, no Norte do Espírito Santo, e um dono de funerária de 33 anos vão ser indiciados pelo crime de peculato (quando o funcionário se apropria de bens ou recursos da cidade). Segundo as investigações da Polícia Civil, a mulher desviava caixões da prefeitura e vendia para o empresário. Eles também alteravam valores de serviços a receber da administração municipal.

De acordo com a Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Linhares, desde outubro do ano passado, a servidora fornecia 15 urnas funerárias ao empresário pelo valor de R$ 2.500, sem que a administração soubesse. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (3).

Além disso, a servidora manipulava a quilometragem percorrida pelo homem com veículos da funerária, de forma a aumentar o valor que a prefeitura pagava mensalmente para a empresa dele, que era uma prestadora de serviços para a cidade.

Ao todo, foi apurado pela polícia que a servidora, ao fornecer as urnas funerárias e manipular a quilometragem percorrida, faturou a quantia de R$ 12.600 desde o início da prática criminosa.

Servidora será indiciada por desviar e vender caixões da prefeitura para funerária, no ESServidora é flagrada desviando caixões de prefeitura de Linhares, no ES Foto: Reprodução/Polícia Civil

O delegado titular da Delegacia Especializada de Investigações Criminais de Linhares, Fabrício Lucindo, explicou que a servidora foi descoberta graças à iniciativa da prefeitura, que instalou câmeras no local onde os caixões ficavam.

"A servidora foi descoberta porque a prefeitura instalou câmeras escondidas no galpão onde ficavam depositadas as urnas e flagrou o momento em que várias delas eram retiradas do local e levadas para o caminhão da funerária", disse.

Após a descoberta, a Polícia Civil foi acionada pela prefeitura e deu andamento nas investigações. Ao serem interrogados na delegacia, os dois confessaram os crimes. Eles serão indiciados pelo crime de peculato (crime praticado por funcionário público contra a administração em geral), com pena que varia entre dois a 12 anos de prisão, se condenados. Eles respondem ao crime em liberdade.

A Prefeitura de Linhares informou que a conduta da servidora foi comunicada às autoridades policiais pela própria prefeitura, que contribui efetivamente com as investigações, e que, inclusive, cedeu as imagens das câmeras internas de segurança do local.

Reforçou que a servidora foi suspensa das suas atividades até que as investigações sejam concluídas. Um procedimento administrativo foi instaurado e todas as penalidades previstas em lei serão adotadas caso a participação da servidora seja comprovada.

Por fim, a prefeitura informou que o contrato com a empresa fornecedora das urnas fúnebres foi suspenso tão logo o município acionou as autoridades policiais.

(Fonte: g1 ES)



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