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Queiroga mira eficácia, mas admite coquetel anticovid distante do SUS

21 de abril de 2021

Preço alto do medicamento utilizado pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump pode torná-lo inviável na saúde pública nacional

Queiroga mira eficácia, mas admite coquetel anticovid distante do SUSQueiroga diz que spray nasal fica para depois – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira (21) que sua pasta está estudando a viabilidade do uso do coquetel contra a covid-19 aprovado nesta semana pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O custo do medicamento pode ser o principal entrave.

Na terça-feira (20), a Anvisa aprovou o uso emergencial de dois medicamentos que, combinados, poderão ser usados para combater casos leves e moderados de pacientes de covid. O Regen-Cov é formado a partir da união de remédios da farmacêutica Roche e terá uso restrito em hospitais. O tratamento foi utilizado pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump após ele ser infectado com o coronavírus.

Nos Estados Unidos, onde é usado desde o ano passado, estima-se que o medicamento custe entre US$ 1.500 e US$ 6.500 (R$ 8.350 e R$ 36.200), segundo a emissora de TV CBS.

"O presidente da República determinou que todas as inovações que pudessem trazer benefícios para os pacientes fossem analisadas, até mesmo para que o tratamento seja mais rápido. Por isso, vamos estudar", disse Queiroga.

Segundo ele, o Ministério da Saúde vai analisar todas as medicações inovadoras que surgirem, começando pelo Regen-Cov, que ainda não está disponível nos hospitais brasileiros.

"São novas perspectivas que precisam ser avaliadas dentro do que determina a legislação brasileira. Em relação a inovações, há uma comissão permanente no Ministério da Saúde chamada Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde), que faz essas análises quanto a segurança dos fármacos, quanto a efetividade, custo, impacto no orçamento. Isso tudo precisa ser bem visto”.

Queiroga comentou que o spray de Israel, que chegou a ser defendido pelo presidente Bolsonaro como um remédio promissor contra a covid, "é uma perspectiva, mas não é tão concreta como é o coquetel que já tem registro na Anvisa".

O ministro descoversou quando foi questionado se Bolsonaro tomou ou não a vacina e se ele, como titular da Saúde, tem autoridade para orientar o presidente sobre esse tema.

“O presidente me nomeou ministro de Estado da Saúde, então, eu tenho abertura pra conversar com ele sobre qualquer assunto. Mas essa questão de tomar a vacina é privada. Nossa Constituição assegura a todos a inviabilidade da vida privada, é preciso observar isso”.

Valedoitaúnas/Informações R7



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