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PF prende família que lucrou R$ 50 milhões em ouro em 1 ano no Pará

26 de junho de 2023

Mais de 30 agentes de segurança participaram das "Operações Mateus 22.21" e "Apocalipse 3.18"; Ibama e o MP do Trabalho forneceram apoio contra garimpo ilegal

PF prende família que lucrou R$ 50 milhões em ouro em 1 ano no ParáPF prende família que movimentou R$ 50 milhões com garimpo de ouro ilegal no Pará – Foto: Polícia Federal

A Polícia Federal realiza operações simultâneas no sudeste paraense para combater atividades ilegais e desmobilizar garimpos de ouro. Na última quinta-feira (22), foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas cidades de Bannach e Tucumã. Ambas operações foram batizadas com versículos do livro da Bíblia.

A Operação "Mateus 22.21" teve como objetivo desmantelar garimpos ilegais e combater o trabalho análogo ao de escravo em Bannach, onde a atividade ilegal está causando danos ambientais significativos desviando o curso do Rio Bananal.

A Operação "Apocalipse 3.18" visava combater o comércio ilegal de ouro em Tucumã, onde um grupo familiar movimentou mais de R$ 50 milhões em um ano.

No garimpo de Bannach, foram realizadas duas prisões de proprietários do local. Além disso, foram apreendidas quatro retroescavadeiras, uma espingarda, uma caminhonete, quatro motores, uma motocicleta e um caminhão-prancha usado para transporte das retroescavadeiras.

Na cidade de Tucumã, duas pessoas foram presas por tráfico de drogas e posse ilegal de arma. Foram apreendidos 150 gramas de ouro, uma caminhonete, um carro, cerca de um quilo de maconha e uma pistola.

Mais de 30 agentes de segurança pública participaram das Operações Mateus 22.21 e Apocalipse 3.18. O Ibama e o Ministério Público do Trabalho forneceram apoio durante o cumprimento dos mandados em Bannach.

Os garimpos ilegais frequentemente estão relacionados a outros crimes, como trabalho análogo ao de escravo, tráfico de drogas, tráfico de armas, tráfico de animais, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Caso as suspeitas criminais sejam confirmadas, os responsáveis poderão responder por crimes ambientais, usurpação de recursos da União (extração e comércio ilegal de minério), associação criminosa, entre outros.

A Polícia Federal tem intensificado a fiscalização contra garimpos ilegais na região devido aos graves impactos ambientais e à saúde humana, além dos prejuízos causados aos povos indígenas e comunidades tradicionais.

As operações receberam nomes baseados em passagens bíblicas: Mateus 22.21 com a frase "dai a César o que é de César" e Apocalipse 3.18 com uma metáfora sobre compra de ouro:

" Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas".

A Superintendência Regional da Polícia Federal em Tocantins também deflagrou a Operação Bullion nas mesmas localidades.

(Fonte: iG)



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