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Mãe cavou as próprias covas dela e da filha, antes de serem mortas e enterradas no quintal, diz polícia

08 de fevereiro de 2021

Mãe cavou as próprias covas dela e da filha, antes de serem mortas e enterradas no quintal, diz políciaCristiane Arena, com a filha Karoline Vitória e o marido e o marido Fabrício Buim Arena Belinato – Foto: Reprodução

Cristiane Arena, de 34 anos, morta junto com a filha Karoline Vitória, de 9 anos (ambas enterradas no quintal da própria casa, em Pompéia (30 quilômetros de Marília), foi obrigada a cavar as próprias covas.

É o que comprovam relatos de vizinhos que disseram ter visto Cristiane carregando terra de dentro da residência para a calçada e batendo massa, por volta da meia-noite e madrugada adentro daquela que pode ter sido a véspera do bárbaro crime. No dia seguinte, os vizinhos viram apenas o então companheiro dela, ó psicólogo Fabrício Buim Arena Belinato, de 36 anos, carregando material usado na concretagem da cova.

Para os vizinhos, a casa passava apenas por uma reforma, com novo contra piso e um telheiro.

Perícia da Polícia Civil constatou que a mãe foi atingida com facadas e a criança com pancada na cabeça. Depois, enterradas nas covas com cerca de 1,5 metro de profundidade.

Mãe cavou as próprias covas dela e da filha, antes de serem mortas e enterradas no quintal, diz políciaCovas abertas no quintal da casa e cobertas com cimento – Foto: Portal NC Pompéia

Adolescente indicou local da cova

A filha mais velha de Cristiane, uma adolescente de 16 anos, foi detida na última terça-feira (2) acusada de envolvimento no crime macabro. Foi ela quem indicou o local exato onde havia sido enterrado o corpo da irmã, já que os policiais estavam com dificuldades de localizar a cova no quintal, com apoio de uma máquina retroescavadeira. Como a menina estava de pijama, há suspeita que ela tenha sido enterrada de noite ou durante a madrugada, junto com a mãe.

Envolvimento amoroso com a enteada

Familiares de Cristiane também relataram que Fabrício já havia sido flagrado em situações de envolvimento amoroso com a adolescente, inclusive beijando ela na boca e tomando banho juntos. Ele ficava na casa com as duas meninas, enquanto a mãe delas trabalhava em Santa Mercedes (distante 28 quilômetros de Pompéia).

Familiares da vítima relataram que Fabrício mantinha a esposa e as enteadas em cárcere privado, não deixando elas terem contato com eles. O caso do padrasto com a adolescente chegou a ser denunciado ao Conselho Tutelar de Pompéia.

Há suspeitas que Cristiane teria ameaçado denunciar o caso à polícia, também e por isso teria sido morta junto com a filha menor.

Desde o "sumiço" das vítimas, no final de novembro, a adolescente sustentava que a mãe havia saído de casa com a irmã dela por ter arrumado um novo namorado. Mesma versão de Fabrício. A adolescente negou ter envolvimento amoroso com o padrasto, tratado pelo delegado como "psicopata que fala bem".

"Mas essas alegações não nos convenceram”, disse o delegado Cláudio Anunciato Filho, que comandou as investigações do caso.

Acertos trabalhistas

Diligências na cidade de Santa Mercedes, revelaram que Cristiane havia sido demitida de uma empresa de bebidas e recebido R$ 6 de acertos trabalhistas, no final de outubro.

Em dezembro, foram registradas movimentações financeiras em uma agência da Caixa, em Pompéia. Policias tiveram acesso as imagens de circuito interno da agência e constataram que quem fazia os saques era Fabrício, usando cartão de Cristiane.

Valedoitaúnas

 



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