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Holandesa de 29 anos ganha autorização a eutanásia por questão mental

18 de maio de 2024

Ter Beek compartilhou que a decisão de pedir a eutanásia surgiu após seu psiquiatra afirmar que não havia mais opções eficazes disponíveis

Holandesa de 29 anos ganha autorização a eutanásia por questão mentalA holandesa Zoraya ter Beek recebeu autorização para passar por eutanásia – Foto: Reprodução

A história de Zoraya ter Beek, uma mulher de 29 anos da Holanda, ganhou destaque internacional por sua decisão de buscar a eutanásia devido ao intenso sofrimento psicológico.

Diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista, depressão crônica, ansiedade, trauma e um transtorno de personalidade não especificado, Ter Beek enfrentou uma jornada marcada por tratamentos diversos, incluindo medicamentos, psicoterapia e mais de 30 sessões de eletroconvulsoterapia.

No entanto, apesar dos esforços, ela continuou a lutar contra pensamentos suicidas e uma dor persistente.

Em uma entrevista ao jornal britânico The Guardian, Ter Beek compartilhou que a decisão de pedir a eutanásia surgiu após seu psiquiatra afirmar que não havia mais opções eficazes disponíveis.

Ela expressou como, inicialmente, nutria esperanças de melhora durante o tratamento, mas ao longo do tempo, essas esperanças se dissiparam. Após uma década de luta, ela sentiu que não havia mais perspectivas encorajadoras.

O processo para obter a permissão para a eutanásia foi longo e minucioso. Na Holanda, país pioneiro na legalização da eutanásia ativa e do suicídio assistido, o pedido deve ser feito com seriedade e convicção, especialmente quando o paciente enfrenta um sofrimento insuportável e sem perspectiva de alívio.

Ter Beek passou por avaliações rigorosas por parte de uma equipe médica, recebeu segundas opiniões e teve sua decisão revisada por outro profissional independente.

Embora casos de eutanásia por motivos psiquiátricos ainda sejam raros, eles estão em aumento na Holanda. Ter Beek destacou que, embora o processo seja meticuloso, ele é seguro e está sujeito a controles rigorosos.

Apesar das mensagens recebidas pedindo para reconsiderar sua decisão, ela permaneceu firme em sua escolha, descrevendo-a como um alívio.

A data para o procedimento foi agendada, embora não tenha sido divulgada publicamente. No dia estabelecido, uma equipe médica visitará a casa de Ter Beek, onde ela reside com seus dois gatos, para iniciar o procedimento com um sedativo.

Ela expressou que será como adormecer, e seu parceiro estará presente, embora tenha mencionado que ele pode sair da sala se precisar durante o processo.

(Fonte: iG)



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