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Família pensa que homem está em coma e mantém corpo dentro de casa por 18 meses

30 de setembro de 2022

Mesmo com o atestado de óbito, a família do falecido acreditava que ele iria se recuperar

Família pensa que homem está em coma e mantém corpo dentro de casa por 18 mesesO indiano morreu durante a segunda onda de Covid-19 em 2021 – Foto: Reprodução/Youtube/Rareshotnews

O corpo de um homem foi mantido em casa pela família 18 meses após a morte. A família do indiano acreditava que ele estava em um coma, e por isso continuou a cuidar dele desde abril de 2021, quando ele morreu, até a última sexta-feira (23).

Vimlesh, como foi identificado, tinha 35 anos na época da morte, durante a segunda onda da Covid-19. Ele foi dado como morto no dia 22 de abril de 2021 por peneumonia bilateral, e a família recebeu o atestado de óbito um dia depois.

Alok Ranjan, diretor médico da cidade indiana de Kanpur, explicou que a declaração de morte foi entregue à família. "Depois que ele morreu, foi levado para uma casa de repouso local, onde foi declarado morto. Uma certidão de óbito também foi emitida quando a causa da morte foi mencionada como pneumonia bilateral", explicou ele, ao jornal Times of India.

Os familiares levaram o corpo do hospital e sentiram que Vimlesh ainda estava respirando, por isso continuaram cuidando do corpo. A empresa em que trabalhava entrava em contato com a família em busca do homem, que não aparecia há meses.

Família pensa que homem está em coma e mantém corpo dentro de casa por 18 mesesO corpo foi cremado após 18 meses da morte – Foto: Reprodução/Youtube/Rareshotnews

"Sempre que seu escritório perguntava à família sobre seu paradeiro, eles diziam que Vimlesh estava doente. A família também trouxe cilindros de oxigênio e disse aos moradores que ele estava em coma, e recebia tratamento em casa. Eles estavam convencidos de que ele estava vivo e iria melhorar", informou um policial local, também ao jornal Times of India.

Apesar disso, a empresa entrou em contato com as autoridades para informar que Vimlesh não aparecia desde abril do ano passado. Com a reclamação, o corpo foi recuperado e levado para a cremação 18 meses após a morte.

Segundo Ranjan, a família não será punida, já que não houve crime. "Como nenhum crime foi cometido aqui, não tomaremos nenhuma ação contra ninguém. A família ainda estava convencida de que ele estava vivo até que seu corpo foi levado na sexta-feira pelas autoridades", contou ele.

O médico explicou que a família precisou ser convencida sobre a cremação de Vimlesh após conseguirem manter o corpo por 18 meses, graças a uma série de cuidados que eles mantinham. 

"Em casos raros, quando um corpo é limpo regularmente com certos produtos químicos e se não houver muita umidade e ar, ele não se decompõe, mas é mumificado. O que a família de Vimlesh usou para preservar o corpo por tanto tempo ainda não está claro. Quando perguntados, eles alegaram que não usavam nenhum produto químico", explicou Ranjan.

Valedoitaúnas (R7)



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