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Deslizamento deixa ao menos 22 mortos e 52 desaparecidos na Venezuela

10 de outubro de 2022

Presidente Nicolás Maduro declarou três dias de luto em todo país em respeito às vítimas da tragédia

Deslizamento deixa ao menos 22 mortos e 52 desaparecidos na VenezuelaHomem observa os escombros de casas destruídas, arrastadas por um deslizamento de terra em Las Tejerias, no estado de Aragua, na Venezuela – Foto: Yuri Cortez/AFP

Pelo menos 22 pessoas morreram e 52 estão desaparecidas, depois que cinco pequenos rios no centro da Venezuela inundaram, nesse domingo (9). O incidente aconteceu devido a uma forte chuva que atingiu a região, disse a vice-presidente do país, Delcy Rodriguez.

A chuva, que começou na noite de sábado, varreu grandes troncos de árvores e detritos das montanhas vizinhas para a comunidade de Tejerías. O local está situado 67 quilômetros a sudoeste da capital Caracas, danificando empresas e terras agrícolas, afirmou Rodriguez em um discurso televisionado.

De acordo com ela, as bombas usadas para abastecer o sistema de água potável da comunidade foram levadas pelas águas da enchente.

Rodriguez destacou ainda que a prioridade, no momento, é localizar as pessoas ainda presas sob lama e pedras em toda a cidade. Frente a isso, militares e equipes de resgate vasculham as margens do rio em busca de sobreviventes.

O presidente Nicolás Maduro declarou três dias de luto nacional pelas vítimas, enquanto os venezuelanos foram às redes sociais para oferecer assistência à cidade.

Chuva histórica

O deslizamento de terra, causado pela maior inundação do rio na área em 30 anos, é o pior até agora este ano na Venezuela, que registrou níveis históricos de chuva nos últimos meses.

Cerca de mil pessoas se juntaram aos esforços de resgate, ressalta o ministro do Interior e da Justiça, Remigio Ceballos, que também trabalhava no local.

Deslizamento deixa ao menos 22 mortos e 52 desaparecidos na VenezuelaCerca de mil pessoas se juntaram aos esforços de resgate em Las Tejerías, Venezuela, para procurar vítimas presas nos escombros após um deslizamento de terra – Foto: Yuri Cortez/AFP

Moradores locais vasculharam os restos de casas destruídas em busca de entes queridos, enquanto equipes de busca chegaram com cães na esperança de encontrar sobreviventes presos nos escombros.

Um açougue que havia fechado devido à pandemia e que deveria reabrir na segunda-feira foi enterrado em sedimentos lamacentos que endureceram as geladeiras e tudo o mais dentro.

"Estávamos esperando que a carne fosse embarcada -- para começar depois de dois anos fechada", disse Ramon Arvelo, um dos trabalhadores que ajudava a remover a lama.

"Nunca pensei que algo dessa magnitude pudesse acontecer; é um grande negócio", disse Loryis Verenzuela, de 50 anos, enquanto olhava para a devastação em meio às lágrimas.

Valedoitaúnas (O GLOBO)



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