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Brasil negocia para importar vacinas contra Covid-19 excedentes nos EUA, diz Itamaraty

20 de março de 2021

Agência americana ainda não aprovou uso da vacina da AstraZeneca no país; presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, enviou pedido à vice Kamala Harris na sexta-feira

Brasil negocia para importar vacinas contra Covid-19 excedentes nos EUA, diz ItamaratyFachada do Palácio do Itamaraty, em Brasília – Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo

O governo brasileiro está negociando há uma semana com os EUA para importar parte do estoque de vacinas da AstraZeneca que ainda não estão em uso no país, segundo post do Itamaraty no Twitter neste sábado (20). Os EUA têm 30 milhões de doses armazenadas, mas o FDA (agência americana semelhante à Anvisa) ainda não deu autorização para esse imunizante.

"Desde 13 de março, o governo brasileiro, via Itamaraty e a embaixada em Washington, com coordenação do Ministério da Saúde, tem negociado com o governo dos EUA para possibilitar que o Brasil importe vacinas excedentes disponíveis nos Estados Unidos", afirma o tuíte.

O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), enviou nesta sexta-feira uma correspondência a presidente do Senado e vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, pedindo autorização para aquisição pelo governo brasileiro de "doses de vacina estocadas nos EUA e ainda sem previsão de utilização”. Segundo Pacheco, "esse compartilhamento de estoques, caso autorizado, daria impulso decisivo ao esforço de imunização dos 210 milhões de brasileiros". Ele destacou o Brasil como o "atual epicentro" da pandemia da Covid-19.

O ofício foi assinado nesta sexta-feira por Pacheco e protocolado no Itamaraty e na Embaixada dos Estados Unidos, em meio a críticas de inação por parte do governo federal para acelerar a vacinação no país.

Também nesta sexta-feira, a Casa Branca anunciou planos de "emprestar" 4 milhões de fotos AstraZeneca para o Canadá e o México. Mas o governo americano disse que ainda não há planos de emprestar doses a outros países.

Faltando 12 dias para o fim do mês, março já acumula o maior número de mortes no Brasil desde o início da pandemia. São 35.507 óbitos até agora. E o ritmo só tem acelerado: a média móvel bate recordes há 21 dias seguidos e ultrapassou a marca de dois mil nesta semana. No atual ritmo, serão mais de 57 mil vidas perdidas até 1º de abril.

Nos últimos dias, sete unidade da federação chegaram a um ponto considerado extremamente crítico, o retrato do pesadelo brasileiro na pandemia de Covid-19. Em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, a transmissão está descontrolada e não há capacidade de atender todos os doentes.

Valedoitaúnas/Informações O Globo



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